sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Romper o conformismo, Unir os/as estudantes!

 
Neste segundo semestre de 2011 uma onda de ocupações e lutas estudantis vem sacudindo as universidades de nosso país. Já se somam mais de 11 reitorias ocupadas neste período, marchas de rua e greves unificadas (unindo servidores, professores e estudantes) em universidades como a UFPR e a UNIFESP. A UnB não se manteve isolada deste quadro e inaugurou o início deste segundo semestre com a ocupação da reitoria pelos estudantes da Faculdade de Ceilândia no dia 13/09 cansados de esperar a mais de 3 anos a conclusão das obras de seu Campus.

Muitos destes movimentos, após esperar sem resultados dos meios burocráticos das universidades e governos, vêm obtendo conquistas parciais a partir da utilização da Ação Direta em suas lutas.

É importante perceber que as pautas reivindicadas em tais lutas possuem grandes semelhanças, que giram em torno do combate a precarização das universidades. Contra o corte de verbas, ampliação do RU, contratação de mais professores e servidores, mais estrutura física, são apenas alguns exemplos. Nós da Chapa 7 – Democracia e Ação Direta analisamos que tais processos expressam as contradições nacionais do REUNI que vem aumentando vagas nas universidades sem aumentar a estrutura necessária, como já era previsto no programa desde 2007. Além disso, iniciamos o ano com o corte de verbas de 3,1 bilhões para a educação, feito pelo governo Dilma/PT-PMDB.

A UNB, dentro deste processo de precarização exposto acima, foi palco de diversas lutas durante o último ano: Ocupações por espaços de CAs, a luta dos moradores da Casa do Estudante por uma reforma digna, a luta de estudantes de artes, psicologia, medicina, desenho industrial por melhores condições de ensino (laboratório, prédio para o curso etc.). Porém tais lutas se mantiveram fragmentadas e a gestão anterior do DCE (UNE-PT), representada agora na Chapa 1, possui grande responsabilidade neste processo não articulando as lutas, não convocando assembleias, buscando não demonstrar que tais lutas possuem um inimigo comum: a Reitoria e o Governo.

Os membros da Chapa Democracia e Ação Direta, os quais muitos compõem a Oposição CCI, buscaram coordenar algumas dessas lutas no 1° semestre através de um fórum de CAs que unificou estudantes de geografia, filosofia, ciências sociais, serviço social, os estudantes da CEU e do Campus Ceilândia. Este fórum organizou no dia 25/05 uma assembleia geral e um ato com pautas unificadas, a revelia do DCE-PT que se manteve inerte. Além disso, este fórum e os membros da Chapa 7 participaram ativamente da organização da primeira ocupação da reitoria pelos estudantes da FCE no dia 15 de julho, que já estavam cansados das mesas de enrolação da Reitoria legitimadas e apoiadas pelo DCE da UNE. A radicalização da segunda Ocupação da FCE neste 2º semestre, dia 13 de setembro, demonstra isso.

O Novo Plano “Neoliberal” de Educação (PNE 2011-2020) já tramita no Congresso e os estudantes precisam se organizar para derrubá-lo, dado seu caráter privatizante. A UNE (última gestão do DCE) como sempre buscará confundir os estudantes defendendo a “disputa do projeto por dentro”, que no fundo garantirá que ele seja aprovado na íntegra, como foi com o REUNI, PROUNI, Regulamentação das Fundações Privadas etc. A ANEL (Chapa 2) e a Esquerda da UNE (Chapa 5) buscam desviar os estudantes para um caminho legalista e uma política paragovernistas ao tentar conciliar com a UNE dando centralidade a um “Plebiscito pelos 10% do PIB para Educação”. Tal plebiscito, além de ser um método sem efetividade, coloca em segundo plano a luta de enfrentamento pela ação direta contra PNE do Governo/PT, principalmente ao pretender se aliar a UNE governista. Táticas, métodos e políticas que levarão os estudantes a derrota.

Tendo em vista este quadro, é uma necessidade dos estudantes construírem um movimento Combativo e Unificado. Independente da UNE e da ANEL. Isso perpassa pela construção de DCE baseado nos princípios da Ação Direta estudantil, do Antigovernismo (independência do Governo Dilma e de seus organismos subordinados como a UNE), Democracia de Base (tendo as assembleias e um Congresso Estudantil como órgãos máximos do movimento) e do Classismo (unidade com a luta dos trabalhadores da educação e outros setores).  
 

Pela construção de um DCE baseado na independência, na ação direta, na unidade das lutas e na democracia de base!  
Por uma Universidade Popular!

Apoie e vote Democracia e Ação Direta - Chapa 7 

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