domingo, 16 de outubro de 2011

Questionário do Centro Acadêmico de Direito (CADIR) às Chapas

 Abaixo respostas da Chapa 7 - Democracia e Ação Direta


1 - Quais as principais propostas da sua chapa? 

A principal proposta da Democracia e Ação Direta - Chapa 7 é construir um DCE independente de governos, reitoria e empresas privadas, meio fundamental para que não haja ingerência no DCE que deve representar a luta dos estudantes trabalhadores e pobres. Vemos há anos a falida UNE abandonar as lutas estudantis, subordinando-se às políticas dos governos petistas, recebendo milhões para ficar de “bico fechado”. Ou um DCE está com os estudantes e com a classe trabalhadora, ou está com o governo e com os tubarões do ensino. Estando com os estudantes, devemos unificar as lutas que já ocorrem em separado na UnB, para que cada uma ganhe maior força, articulando-as com a luta global pela Universidade Popular. Para isso, devemos colocar em pauta as medidas que, atingindo cotidianamente o “chão” da UnB, são emanadas do Governo Federal. Somos veementemente contra as reformas neoliberais petistas na educação que privatizam e sucateiam a coisa pública, como o REUNI, que faz expansão sem qualidade, ou o ProUNI, que injeta gorda verba pública nas universidades privadas. A maioria destas reformas estão sistematizadas no novo PNE, o qual centraremos força para combate-lo.


2 - Quais são as organizações com as quais vocês tem afinidade? (coletivos, partidos, entidades de classe, etc)

A chapa possui, em sua maioria, integrantes da Rede Estudantil Classista e Combativa – RECC e seus coletivos atuantes na UnB, em especial a Oposição CCI – Combativa Classista e Independente ao DCE.


3 - Qual é o conceito que a chapa tem de DCE?

Um Diretório Central dos(as) Estudantes deve ser um articulador das mais diversas lutas e reinvindicações justas que o corpo discente realiza. Ele é responsável por impulsionar os espaços democráticos de base, como assembleias e CEBs, e debater toda medida, seja do governo ou da Reitoria, que entre em choque com uma universidade gratuita e com ensino de qualidade. Isso envolve aliar-se, principalmente, com os trabalhadores da educação, como professores, técnico administrativos e terceirizados.


4 - Qual a origem dos recursos utilizados durante o processo eleitoral?

A Chapa preza pela independência de classe, e por isso seus recursos são oriundos única e exclusivamente dos próprios integrantes e apoiadores, bem como de sindicatos.


5 - O que significa, para vocês, o movimento estudantil?

A educação não foge da luta de classes. O Movimento Estudantil, portanto, deve compreender as contradições que o capital gera na educação e combate-las com firmeza. Estamos ao lado dos estudantes da classe trabalhadora, cujas dificuldades de acesso e permanência na universidade são mais agudas. O Movimento Estudantil não deve colaborar com os interesses do Estado nem do capital, optando pela Ação Direta como forma de luta, ou seja: FAÇAMOS COM NOSSAS PRÓPRIAS MÃOS A NOSSA HISTÓRIA!

6 comentários:

  1. Toda solidariedade aos compas da Chapa 7 e seu programa classista! Camaradas, nenhum passo atrás na construção do movimento classista e combativo.

    Saudações combativas desde o Nordeste.

    Viva a luta proletária-estudantil!
    Viva a ação direta popular!
    Abaixo a UNE governista!
    Construir a universidade popular à serviço da classe trabalhadora!
    Lutando avança o povo!

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  2. Obrigada, compa. Que bom que ainda existem pessoas que se importam em construir um movimento estudantil sincero que esta ao lado das pessoas do povo e nao de um bando de empresarios interesseiros. E cada dia as pessoas vao compreender mais isso e pararao de nos acusar em vão...a pratica é o criterio da verdade.
    viva a luta popular!

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  3. Oi, sou apoiador da chapa, mas gostaria de esclarecer algumas dúvidas:

    1) Receber verba de sindicatos não seria contraditório com o argumento da 'independência' (caso tais sindicatos sejam atrelados ao governo, ou seja, pelegos)?

    2)Defender os estudantes trabalhadores e pobres ao mesmo tempo que ser veementemente contra o Reuni não seria outra contradição?

    3)Quais são as medidas neo-liberais contidas no Reuni empreendidas pelo governo petista?

    Em caso de resposta positiva para as duas primeiras perguntas, me satisfaço com o silêncio. Mas a respeito da terceira, gostaria siceramente de receber um feedback.

    Abraço,

    João Ráus

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  4. Resposta:

    1) Não somos contra qualquer tipo de apoio. Não defendemos o isolamento, ou até mesmo qualquer tipo de independência, defendemos a independência de classe. O Sindágua não está atrelado ao Governo e suas sucursais (não é filiado a CUT, CTB, etc.). É um dos poucos sindicatos do DF que realmente promovem uma política classista.

    2) Não somos contra os estudantes que entraram pelas vagas do REUNI, assim como não somos contra os estudantes que entraram pelo PROUNI, pois o que estes decretos fazem não é dar acessibilidade de uma forma geral a juventude proletária e sim maquiar as estatísticas e manter as desigualdades sociais, mesmo que em termos individuais (subjetivos) parece que "ajudam" os jovens. Os principais atores na luta contra o REUNI são os próprios estudantes que entraram pelo programa, vide luta do Campus Ceilandia.

    3) Sobre este ponto, convido o camarada a ler as matérias do blog que falam sobre isso. Outros materiais podem ser encontrados no blog: redeclassista.blogspot.com

    e não se esqueça: dias 25 e 26 vote chapa 7 - DEMOCRACIA E AÇÃO DIRETA!

    Saudações Combativas!
    AVANTE ESTUDANTES DO POVO!

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  5. Ok, agradeço as respostas 1 e 2. Mas lamento a resposta 3: uma proposta indecorosa!

    Saudações e boa sorte no pleito!

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  6. João,

    Entre as medidas podemos citar a diminuição do investimento per capita (por aluno), o que exige que cada vez mais as universidades tenham que recorrer a recursos advindos da sociedade civil (leia-se: grande capital) para financiar suas atividades, cujo destino não se restringe somente à pesquisa científica, mas como também abarca gastos em infraestrutura e, não raras vezes, contratação docente e tercerização do quadro técnico-administrativo. Desse modo, o modelo de privatização sorrateira através das Fundações de Direito Privado se aprimora e se hegemoniza com maior velocidade.

    Mas a discussão é mais complexa do que isso, evidentemente. Mas, como você pode provavelmente notar na campanha, somos a única chapa a, ao menos, levantar o debate. As demais chapas se limitam a debater questões secundárias, pontos triviais.

    Por isso, agradecemos seu apoio e voto.
    Abraços,

    Rodrigo.

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